Eleições legislativas marcadas para 5 de Junho
Num discurso muito duro, Cavaco Silva frisou que o Conselho de Estado, com quem esteve reunido durante três horas, votou "por unanimidade" a dissolução da Assembleia da República.
O chefe do Estado justificou a convocação das eleições antecipadas, após a demissão do primeiro-ministro, dada a "degradação da situação política nacional". Frisou que só a ida às urnas permitirá gerar condições de "governabilidade".
Neste sentido frisou aos partidos que no "momento mais crítico da vida nacional" após o 25 de Abril se exigem entendimentos alargados de governo após as legislativas. "Vivemos uma situação extremamente grave nas contas públicas, nas contas externas, no endividamento externo e no financiamento do Estado".
O Presidente da República para falar directamente para o Governo que, no dia da reunião do Conselho de Estado, tornou pública a ideia de que, estando em gestão, não tem capacidade para pedir ajuda financeira externa. O Executivo, disse Cavaco, "não está impedido de tomar as medidas necessárias para salvaguardar o interesse nacional e o financiamento do nosso País".
Cavaco pediu ainda uma "campanha sóbria", "construtiva" e "esclarecedora. "Ninguém deve prometer o que não poderá cumprir. Não é tempo de ilusões ou falsas utopias".
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