"PS e PSD estão preocupados com crescimento do CDS-PP"
O líder do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou hoje que PS e PSD estão "preocupados" com o crescimento do seu partido, que considera ser "absolutamente necessário" para que não seja preciso recorrer novamente à ajuda externa.
"O PS e PSD estão, por razões diferentes, preocupados com o crescimento do CDS. O PS porque confrontamos o Governo com as verdades e o PSD porque, de quando em vez, os confrontamos com as confusões", disse Paulo Portas, à margem de uma visita realizada hoje à escola secundária IBN Mucana, em Alcabideche, Cascais.
O líder democrata-cristão sublinhou que o crescimento do CDS-PP é, no entanto, "absolutamente necessário para o país".
"Somos um partido seguro, um partido responsável, que tem a consciência do ponto a que chegámos e de como conseguiremos fazer um caminho, que é longo e que é difícil, mas que nos permita que esta intervenção externa tenha sido a última vez", defendeu.
Paulo Portas falava aos jornalistas depois de uma visita à secundária IBN Mucana, onde presidiu a uma palestra sobre "As ideologias políticas - direita e esquerda: origem e sentido da dicotomia".
Durante a palestra, no período de pergunta e respostas, um dos alunos presentes questionou Paulo Portas sobre se estaria "preocupado ou nervoso" se fosse para o Governo com o "amador" Pedro Passos Coelho.
Paulo Portas afirmou que estava "preocupado com o país" e sobre a coligação com o PSD subentendida na pergunta do jovem aluno, o líder democrata-cristão disse apenas que "uma coligação em que um tem 40 (por cento) e outro tem 8 (por cento) não funciona bem".
Ainda sobre o IVA, o líder do CDS-PP considera que este é um assunto que "tem de ser muito bem preparado tecnicamente".
"Não se pode dizer, a meu ver, que uma determinada solução para a Taxa Social Única de manhã se financia com o aumento do IVA do vinho, à tarde com o aumento do IVA do turismo ou à noite com o aumento do preço da eletricidade. As coisas têm de estar estudadas, sustentadas e, a meu ver, políticos e partidos só se devem comprometer com aquilo que é financiável, com aquilo que têm a certeza que é possível fazer", criticou.
fonte:http://www.dn.pt/